Da parte do SENHOR se fez isto; maravilhoso é aos nossos olhos. Este é o dia que fez o SENHOR; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele. Salmos 118:23-24

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Letramento e Deficiência Intelectual


Motivando o letramento do aluno com Deficiência Intelectual
através das tecnologias da informação e comunicação

Inês Kadlubiski Alves Cordeiro
Carlise Veiga

Escola Municipal Severino Massignan
Sala de Recursos Multifuncional
Pinhais – Paraná

TEMA
Motivando o letramento através do uso das tecnologias da informação e comunicação, integrado às atividades circenses.

 CATEGORIA
Pôster – Relato de experiência

RESUMO
Este artigo busca demonstrar a importância e efetividade de um Plano de Ação Pedagógica embasado no uso de tecnologias da informação e da comunicação para uma efetiva motivação dos alunos com Deficiência Intelectual ao processo do letramento, sendo desenvolvido através de temas que envolvem a ludicidade, o gosto e o desejo de aprender. Para tanto foram realizadas pesquisas bibliográficas e estudos referentes à inclusão, a importância e o desenvolvimento dos sentidos, bem como de atividades desenvolvidas no espaço Circo. O trabalho foi desenvolvido através de um plano de ação pedagógica e aplicada aos alunos do Atendimento Educacional Especializado da Sala de Recursos Multifuncional, resultando em uma maior familiarização e autonomia dos alunos na utilização dos recursos da Tecnologia da Informação e Comunicação.

Palavras Chaves: Letramento, Inclusão, Tecnologia.




INTRODUÇÃO

A discussão sobre a pluralidade de sentidos atribuídos ao conceito de inclusão, especificamente a inclusão escolar nos provoca a pensar que é necessário superar o conceito de escola como até hoje tem sido concebida. Superar a escola tradicional, hierárquica e excludente, por seus métodos e técnicas de ensino, de acesso e permanência que privilegiam e valorizam uma pequena minoria, e dar lugar a escola flexível, que valoriza a cooperação e o diálogo, onde todos, sem exceção tenham o direito a uma educação de qualidade.

Educação inclusiva é o processo que ocorre em escolas de qualquer nível preparadas para propiciar um ensino de qualidade a todos os alunos independentemente de seus atributos pessoais, inteligências, estilos de aprendizagem e necessidades comuns ou especiais. A inclusão escolar é uma forma de inserção em que a escola comum tradicional é modificada para ser capaz de acolher qualquer aluno incondicionalmente e de propiciar-lhe uma educação de qualidade. Na inclusão, as pessoas com deficiência estudam na escola que frequentariam se não fossem deficientes. (SASSAKI, 1998, p. 8)


É nesse sentido que através do uso das tecnologias da informação e de atividades lúdicas, pode-se desenvolver nas crianças, independente se apresentam alguma deficiência ou limitação, o gosto e o desejo de aprender. A criança com deficiência intelectual por apresentar dificuldade na abstração, acaba tendo sua aprendizagem prejudicada com os métodos e técnicas tradicionalmente utilizadas pela escola, e quanto mais ela avança nos anos escolares maiores se tornam os déficits de aprendizagem, o que acaba desmotivando a criança que perde o gosto e o desejo pela aprendizagem escolar.

Aprender é uma ação humana criativa, individual, heterogênea e regulada pelo sujeito da aprendizagem, independentemente de sua condição intelectual ser mais ou ser menos privilegiada. São as diferentes ideias, opiniões, níveis de compreensão que enriquecem o processo escolar e clareiam o entendimento dos alunos e professores. Essa diversidade deriva das formas singulares de nos adaptarmos cognitivamente a um dado conteúdo e da possibilidade de nos expressarmos abertamente sobre ele. (BRASIL, 2007a, p. 17)

Ao professor cabe repensar seus métodos de ensino, aproximar os conteúdos da realidade do aluno, utilizando as tecnologias da comunicação e informação, que causam um deslumbramento em toda criança, para favorecer o acesso dos alunos ao conhecimento acadêmico. Para Sancho et.al. (2006, p.36) “para que o uso das TIC signifique uma transformação educativa que se transforme em melhora, muitas coisas terão que mudar. Muitas estão nas mãos dos próprios professores, que terão que redesenhar seu papel e sua responsabilidade na escola atual.”
A possibilidade de utilização do computador e suas ferramentas em sala de aula devem ser pensadas pelo professor como algo positivo, através de tecnologias da informação e comunicações acessíveis abrem-se caminhos para uma nova e proveitosa prática docente, a qual desperta o interesse, o gosto e o desejo de cada aluno, de cada professor e toda comunidade escolar pelo fazer pedagógico, onde o desenvolvimento integral do aluno é a prioridade.
O impacto que as tecnologias da informação e comunicação têm exercido no contexto da aprendizagem escolar nestes últimos anos é inquestionável, pensando no interesse e motivação que despertam no aluno. Possibilitar a todos os alunos igualdade de acesso ao saber construído, através do uso das novas tecnologias acessíveis da informação e comunicação (TICs), é onde se justifica este trabalho, através da inclusão e participação de todos no âmbito da sala de aula. É aí que entra o papel do professor, que deve ser dinâmico e flexível diante das possibilidades de aprendizagens que as TICs oferecem no seu dia a dia com os educando.

Com o uso da tecnologia de informação e comunicação, professores e alunos têm a possibilidade de utilizar a escrita para descrever/reescrever suas ideias, comunicar-se, trocar experiências e produzir histórias. Assim, em busca de resolver problemas do contexto, representam e divulgam o próprio pensamento, trocam informações e constroem conhecimento, num movimento de fazer, refletir e refazer, que favorece o desenvolvimento pessoal, profissional e grupal, bem como a compreensão da realidade. (ALMEIDA, 2001, p. 02)


Aliado a tecnologia, o tema circo é bastante motivador, pois embora desconhecido nos seus bastidores por muitos alunos, este causa encanto em todos que param diante de um espetáculo, despertando ainda mais o interesse pelo aprender.
As novas tecnologias disponíveis na sala de recursos multifuncional e a navegação na internet tem despertado um interesse intenso nos alunos atendidos neste espaço, assim como a música, justificando a escolha dos mesmos para este trabalho, visando promover uma maior autoestima e autonomia diante do processo de ensino aprendizagem por parte deste alunado, especialmente o avanço no processo de letramento.
Ao ensinar o conteúdo de Atividades Circenses, abordam-se diversos aspectos, não só culturais, como também motores, possibilitando um maior conhecimento corporal e uma melhor utilização do corpo como forma de expressão, além de conhecimento das atividades circenses, suas modificações sofridas ao longo do tempo, seus costumes e valores. Neste sentido DUPRAT, (2007 p.14), salienta que os estudantes “desenvolvem diferentes aspectos pessoais como a sensibilidade na expressão corporal, à cooperação, o desenvolvimento da criatividade, a melhora da auto-superação e melhora da auto-estima”.
Hoje tem espetáculo? Tem sim senhor! Hoje tem marmelada? Tem sim senhor! E tem também palhaços, malabaristas, equilibristas, domadores, ilusionistas, trapezistas, globistas e ainda muitos animais. E é em 15 de março o dia destinado àquele que é sinônimo de alegria. O circo é uma das mais antigas e completas manifestações populares e artísticas, pois durante o espetáculo, sob uma lona colorida, tem música, teatro, dança, cenografia e figurino apropriados que encantam a plateia; um espetáculo de magia que faz até hoje a alegria não só das crianças, como também de muitos adultos.
Apoiar, preservar e estimular a tradição da arte circense! Pouco a pouco, os palhaços - junto com os circos – foram perdendo espaço para o cinema, a televisão, os videogames... A infância ficou mais curta e a ingenuidade virou um fator de risco.

Que saudade dos antigos circos que passaram céleres como uma fecha pela minha infância e juventude. Quantas recordações!... Lembro-me que a chegada do circo na minha cidade era um acontecimento festivo. Uma autêntica celebração de gente grande e da meninada. Não imaginava nem de longe que aqueles anos seriam tão efêmeros. Uma pena que naquele tempo a sensação de eternidade fez com que não aproveitássemos com mais intensidade nosso antigo cotidiano de absoluta felicidade juvenil. (AURORA, José Cycero, Poema Viva o Circo e que o circo viva e sobreviva no meio de nós, CE, 2009).


Preservar a magia do circo é manter viva essa criança que temos dento de nós mesmos! O maior espetáculo da terra! "O circo é, antes de tudo, um espetáculo visual. O palhaço faz tudo seriamente. Ele não precisa falar e sim fazer graciosos trejeitos. Sua mímica ingênua sempre consegue fazer rir." (ENGIBAROV, Leonid G.)

OBJETIVOS

- Desenvolver no aluno foco da educação especial, através do uso das tecnologias da comunicação e da informação e de atividades lúdicas, o gosto e o desejo de aprender, bem como conhecer e valorizar a arte circense.
- Familiarizar o aluno com as tecnologias da informação e comunicação.
- Desenvolver a autonomia diante do uso das tecnologias da informação e comunicação.
- Ampliar os conhecimentos acerca do tema circo.
- Estimular o resgate do tema circo e das atividades circenses.

METODOLOGIA

As diversas possibilidades tecnológicas se transformaram em inúmeras alternativas da atualidade, as quais ampliam as possibilidades educacionais através da inclusão digital, da utilização de computadores e demais aparatos tecnológicos nas escolas, facilitando e possibilitando o uso da tecnologia pelos alunos, o acesso a informações, bem como a realização de múltiplas tarefas, além de favorecer a capacitação dos professores com o uso das ferramentas tecnológicas e através de sistemas on line.
Para introduzir o tema a ser explorado através do uso da Tecnologia da Informação e da Comunicação, o professor deverá levar o vídeo gravado em pen-drive ou o DVD original, com a música da Nara Leão: O circo, caso não disponha de internet na escola, apresentando como forma de sensibilização, despertando a curiosidade e a motivação dos alunos acerca do tema. Em seguida conversar com os alunos sobre a autora do vídeo, se é conhecida do grupo, se alguém já ouviu o seu nome, se viu alguma foto, enfim, o que sabem sobre ela. Lembrar-se de informar somente aspectos gerais do vídeo (autor, duração, etc.) não realizando a interpretação antecipada, deixando que os alunos assistam ao filme primeiro.
Em um segundo momento, apresentar um cartaz com a letra da música e cópias em papel sulfite para os alunos, realizar a leitura com os alunos de diferentes formas, pelo professor, em conjunto, com o acompanhamento da música e outras estratégias que o professor dispuser. Realizando a ilustração do cartaz, através de desenhos dos próprios alunos, bem como figuras/imagens dos personagens circenses pesquisados na internet.
Posteriormente trabalhar as palavras chaves do texto, fazendo cartazes, jogos com as palavras e figuras, memória quebra cabeças, jogo da forca e stop, utilizando a internet para a realização de pesquisas referentes às figuras.
Continuar o trabalho de formação de palavras referentes ao circo com o uso do alfabeto móvel, circulando palavras no texto, pintando com diferentes cores, numerando versos e estrofes da música acima citada, de acordo com a estratégia proposta pelo professor.
Ainda visando o desenvolvimento cognitivo e da coordenação óculo manual realizar a montagem do quebra – cabeças gigantes do palhaço, o qual pertence ao acervo da Sala de Recursos Multifuncional.
Na sequência realizar a pesquisa referente à história do circo na internet, discutindo todas as informações, destacando as consideradas mais importantes pelo grupo, culminando na elaboração um texto coletivo, sendo este digitado pelos alunos, bem como utilizando as ferramentas contidas no Word para ser trabalhado com o grupo de alunos.
A partir da pesquisa realizada os alunos irão construir um vídeo livro informativo, utilizando o programa Movie Maker, através da pesquisa de músicas, imagens e de textos já retirados da internet.
Ao final propor a criação de um blogger da turma, realizando a publicação deste vídeo livro no mesmo. Sendo necessário, para a construção do Blogger, a criação de e-mail da turma.
A fim de socializar e promover a interação dos alunos do Atendimento Educacional Especializado, repassar o endereço do Blog para os familiares e colegas do ensino regular para que assistam com a professora o vídeo livro, bem como enviar e receber e-mail, abrindo mais um canal de comunicação. Ainda visando o desenvolvimento da área motora e como parte deste trabalho, propor atividades psicomotoras aos alunos, exemplos de atividades que são realizadas no circo:

Malabarismo - Todas as crianças sentadas no chão em círculo, a professora distribui bolinhas e explica a brincadeira, solicitando para que: joguem a bolinha para o alto e tentem pegá-la; joguem a bolinha de uma mão, para a outra; também que joguem a bola para o alto, batam palmas uma vez e peguem a bolinha, depois ir gradativamente aumentando para duas palmas e até três, dependendo do desenvolvimento dos alunos.
Equilibrismo - A professora coloca uma escada no chão na posição horizontal. Uma criança de cada vez anda em cima da escada segurando um objeto escolhido por ela e realiza vários movimentos com ele, tais como: colocar o objeto acima da cabeça; tentar equilibrá-lo apenas com um dedo, ou com a palma da mão, também poderá pular entre os degraus da escada como um canguru e outros.
Escalar a Montanha - Uma corda amarrada no teto. Nesta brincadeira a professora auxilia todas as crianças a escalar segurando a corda, no entanto, algumas conseguem fazer isto sozinhas e deverão ser estimuladas a fazê-lo, as demais, que não conseguem escalar sozinhas, deverão ser estimuladas a superar seus limites.
Cambalhota - Esta é a preferida! A professora coloca colchões no chão e propõe às crianças que rolem tentando fazer a cambalhota, e como nas demais brincadeiras, aquelas crianças que não conseguem fazer sozinhas as cambalhotas a professora poderá auxiliar no desenvolvimento dos movimentos. Os alunos poderão criar outros movimentos utilizando seu corpo variando posições no espaço, o que poderá ser estimulado colocando-se uma música neste momento.
Organizar um ambiente de Cinema no espaço da Sala de Recursos Multifuncional, a fim de realizar uma sessão de cine-pipoca, assistindo ao filme “Madagascar 3 Os Procurados”, não sendo possível, poderá ser utilizado outro local apropriado da escola para este fim.
Baixar da internet e fazer uma apresentação de slides no Power Point com o livro de literatura do Ziraldo: ”Tem bicho no circo”, apresentação esta elaborada pela professora, oralmente enumerar com os alunos os personagens do circo apresentados nesta história, conversar sobre a história. Após este trabalho propor a confecção de um álbum ilustrado com a cópia escrita da história e a ilustração feita pelos alunos a partir de recorte e colagem com papéis coloridos.
Ainda com os álbuns criados pelos alunos propor a elaboração de um vídeo livro no programa Movie Maker, utilizando as páginas do próprio álbum que deverão ser fotografadas e também as imagens do PECs e/ou do software Boardmaker.
Pesquisar no blogger Pragentemiúda a receita do pirulito de pipoca doce e fazer junto com os alunos para finalizar o projeto, cada um ficará responsável por trazer um ingrediente e juntos elaborarão a receita, explorar a leitura através dos rótulos e embalagens dos alimentos.
Levar os alunos envolvidos neste trabalho ao circo, a fim de assistir um espetáculo circense, tendo em vista que na região onde fica a escola em algumas épocas do ano o circo vem e que também oferece cortesia à escola junto com a divulgação.
Propor para a professora do ensino regular o trabalho com esta proposta abordando mais a pesquisa, produção de textos, interpretação escrita partindo do filme Madagascar 3 e textos pesquisados, explorar os gêneros textuais: música, poesia, narrativas, bem como, o trabalho com algumas atividades sugeridas acerca do tema.

RESULTADOS

A avaliação foi realizada permanentemente, através de atividades relacionadas ao tema, sendo essa comprometida com o desenvolvimento da alfabetização do aluno com DI. Sendo observado o que ele já sabia fazer, o que pensava a respeito do Circo e das tecnologias da comunicação e da informação e o que era difícil entender, assim como conhecer mais sobre os interesses que o aluno possui.
Ao final do trabalho, foi possível observar que os alunos estavam mais familiarizados com as Tecnologias da Informação e da Comunicação, pois durante todo o processo fizeram uso do computador, internet e softwares, no início com auxílio integral e, posteriormente, apresentaram uma maior autonomia diante do uso destas para a execução das atividades propostas. Também passaram a conhecer mais as atividades circenses e desenvolveram uma melhor expressão de seus conhecimentos a partir da linguagem escrita, pois realizaram atividades com músicas, expressão corporal, bilboquês, bambolês, entre outros, os quais despertaram nos alunos o gosto e o desejo de aprender, comprovada através da imensa satisfação que tinham em realizar as atividades, bem como o conhecimento e a valorização da arte circense, o qual foi avaliado através da expressão oral, onde comentavam a respeito.
 Foi criado o Blogger da turma e algumas atividades foram postadas neste blog, bem como fotos dos alunos e suas atividades no Atendimento Educacional Especializado, buscando a interação com o ensino regular, onde os alunos enviaram às suas professoras por e-mail os vídeos realizados durante o trabalho.
Houve a possibilidade de alguns alunos envolvidos no trabalho irem até o circo junto com a professora do Atendimento Educacional Especializado e isto foi muito significativo na vida dos alunos, pois foi a primeira vez que puderam ver de perto um espetáculo de arte circense, o que resultou em um enorme sentimento de satisfação, deixando-os deslumbrados e de gratificação, ao que diz respeito à professora.
Os alunos que se encontravam na fase inicial de alfabetização, tiveram um significativo progresso, avançando na aquisição do processo de leitura e de escrita, imbuída de significação e do desejo de aprender, encaminhando, desta forma, o processo de letramento. Alguns dos alunos que se encontravam na fase pré-silábica, passaram para a fase silábica, com o desenvolvimento das atividades.
Os avanços e dificuldades enfrentados pelos alunos foram observados e discutidos juntamente com a equipe da escola regular, concluindo-se que houve uma significativa mudança no comportamento dos alunos, estando estes, mais dispostos e motivados a realizar as atividades propostas, bem como curiosos, chegando a realizar pesquisas a partir de questões de interesse próprio.

CONCLUSÃO

O trabalho pedagógico com alunos com necessidades educacionais especiais exige que os profissionais possuam uma postura mais aberta ao diferente, realizando adequações em suas práticas, as quais são essenciais para a conquista de objetivos junto a um real desenvolvimento dos alunos.
Portanto cabe destacar a necessidade da realização de melhorias na prática pedagógica, a respeito do uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação, aliado a temas e atividades lúdicas, para que o trabalho a ser realizado seja melhor desenvolvido, resultando em ganhos e atendimento as necessidades individuais dos alunos, possibilitando a todos a igualdade de acesso ao saber.
Denota-se a importância do uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação, norteando o trabalho docente em suas intervenções para que aconteça de forma efetiva, respeitando cada aluno na sua individualidade, reconhecendo suas potencialidades e trabalhando para sanar as suas dificuldades, sem jamais discriminá-los ou excluí-los.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, M. Tecnologia de informação e comunicação na escola: aprendizagem e produção da escrita. Série “Tecnologia e Currículo” – Programa Salto para o Futuro, Novembro, 2001.

AURORA, José Cycero, Poema Viva o Circo e que o circo viva e sobreviva no meio de nós. CE, 2009

BAPTISTA, Claudio Roberto. A inclusão e seus sentidos: entre edifícios e tendas. http://teleduc.proinesp.ufrgs.br, 2004.

BRASIL, Ministério da Educação – Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.

BRASIL, Ministério da Educação – Secretaria de Educação Especial. Secretaria de Educação a Distancia. Formação continuada a distancia de professores para o atendimento educacional especializado: deficiência visual. Brasília: MEC/SEESP, 2007.

DUPRAT, R.M. Atividades Circenses: possibilidades e perspectivas para a educação física escolar. 2007. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.
FÁVERO, Eugênia Augusta Gonzaga. Aspectos legais e orientação pedagógica. São Paulo: MEC/SEESP, 2007.

SANCHO, Juana Miranda et.al. (2006) Tecnologias para transformar a educação. Porto Alegre: Artmed.


terça-feira, 14 de outubro de 2014

TEA - Transtorno do Espectro do Autismo

Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um termo que tem sido usado por muitos profissionais para descrever crianças que apresentam dificuldades na interação social, no brincar e na comunicação.
TEA não é um termo médico. Mas é uma maneira prática de descrever um grupo grande e variado de crianças com semelhanças na sua maneira de processar as informações e entender o mundo,  passou a ser utilizado no DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria) para englobar o autismo, propriamente dito, além da Síndrome de Asperger e o transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação.
 Pesquisa realizado no  Blogger da AMA da BAhia e APAE de Jundiai - http://www.ama-ba.org.br/   e  www.apaejundiai.org.br





segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Confecção de Jogos Para Trabalho com a Deficiência Intelectual

Conpreensão do SND (Sistema de Numeração Decimal)

Material:
Um quadro com os números de 0 a 99
Fichas ou tampinhas com os números de 0 a 99
Objetivos:
Compreender o SND – sistema de numeração decimal.
Reconhecer os números até 99.
Desenvolver a atenção e a percepção.
Como jogar: Cada aluno pega aleatoriamente 10 fichas/ou tampinhas com números e dispõe sobre 
a mesa com os números virados pra cima.
A professora sorteia uma ficha/tampinha numerada e coloca sobre o quadro, os alunos iniciam o 
jogo colocando uma ficha logo antes/depois/acima ou abaixo da ficha sorteada. Ex: se a ficha 
sorteada tiver o número 25, as cartas abertas para que o aluno coloque suas fichas serão 24, 26, 15 
e 35. Cada ficha colocada mais possibilidades vão se abrindo, no entanto, cada aluno só pode 
colocar uma ficha por vez.
Segue o jogo com o próximo aluno e assim até terminarem de colocar todas as fichas/tampinhas 
numeradas sobre o quadro numérico. 

Objetivos: 
Desenvolver o raciocínio lógico.
Desenvolver a noção de conjuntos.
Identificar cores e formas geométricas.
Aprender a sequencia dos números até 10. 
(com crianças pequenas deve-se iniciar com sequencias até 3 ).
Noções de sequencia, atributos (cor e forma)
Percepção de semelhanças e diferenças.
Trabalhar com múltiplas informações, situações de hipóteses

Material:
Números xerocados: 4 sequencias de 1 a 10, uma de cada cor
4 curingas, 1 de cada cor de uma sequencia numérica
44 fichas feitas de EVA 5X5 (ou de acordo com o tamanho dos números) para colar os números e curingas
(uma figura para representar que os números são infinitos).
Um pote feito de garrafa Pet, para guardar o jogo.
REGRAS: o número de crianças participantes deste jogo é livre. Porém, 
enquanto uma joga as outras fazem papel de juiz. O jogador embaralha as cartas e as organiza em quatro fileiras horizontais e onze colunas. As quatro restantes são colocadas num monte à parte. Para começar, o jogador compra uma dessas cartas e observa o número. Se for 3 azul, ele retira a terceira carta da primeira fileira e coloca a carta comprada no lugar, a que deu lugar ao 3, no caso se for um 6 verde por exemplo, deve ser colocada na sexta coluna da segunda fileira.
No decorrer do jogo, as cartas vão, uma a uma, sendo trocadas de lugar de modo que os números fiquem na sequencia correta e cada fileira de uma cor. A cor atribuída a cada fileira é aleatória. O robozinho ocupa a 5última casa, sempre obedecendo a cor da fileira. Essa carta tem a função de lembrar às crianças que os números são infinitos. As caveiras, conforme são viradas pelo jogador, devem ser deixadas de lado e substituídas pelas cartas do monte. Ganha o jogador que conseguir mais caveiras durante o jogo.
Variações: Confeccionar as cartinhas trocando as unidades por dezenas ou centenas. (10 – 20... 100 –
200...)
Flexiilização: pode ser utilizado por todas as deficiência ,na física por exemplo, pode ser confeccionada uma tabela quadriculada para o encaixe das peças e colar velcro.

Relação número e quantidade com as mãos


Estimular o cálculo mental.
Desenvolver o raciocínio lógico.
Desenvolver a ideia de juntar (adição).
Relação termo a termo, cores .
Contagem de um em um.
Compreender o SND, sistema de numeração decimal.
Identificar os números. 



 Jogo das tartaruguinhas - Relação número e quantidade
Objetivos:
Estimular o cálculo mental.
Desenvolver o raciocínio lógico.
Desenvolver a ideia de juntar (adição).
Relação termo a termo, cores .
Contagem de um em um.
Compreender o SND, sistema de numeração decimal.
Identificar os números. 
Representar através de desenho e escrita.
Estimular a coordenação motora fina (movimento de pinça), a orientação espacial e temporal, o 
ritmo, a coordenação motora ampla.
Material
Uma tartaruga para cada aluno, confeccionada em EVA , de acordo com o molde anexo.
4 tampas de pote de maionese para colar nas tartaruguinhas, prendedores de roupa, uma caixa de 
material dourado e um dado de quantidades.
REGRAS: cada aluno deverá ter sua tartaruguinha. Os alunos jogam o dado e pegam as peças da 
unidade do material dourado, que é o alimento da tartaruguinha, (contextualizar pesquisando sobre a 
tartaruga, o que come...) de acordo com o número tirado no dado e colocam dentro de uma das tampas na sua barriga, depois ir ao quadro branco e registrar o número relativo a esta quantidade, bem como desenhar a quantidade representada.
Ao final das quatro rodadas (pois são quatro tampas coladas na barriga e cada tampa é preenchida 
numa rodada), somam-se os cubinhos e vence o jogo o aluno que conseguiu colocar maior quantidade de comida na barriga da tartaruguinha.
Objetivos: 
Estimular o cálculo mental.
Desenvolver o raciocínio lógico.
Desenvolver a ideia de juntar (adição).
Desenvolver a ideia de tirar (Subtração).
Relação termo a termo, cores .
Contagem de um em um.
Ordem crescente e decrescente.
Compreender o SND, sistema de numeração decimal.
Identificar os números e letras. 
Representar através de desenho e escrita.
Estimular a coordenação motora fina (movimento de pinça), a orientação espacial e temporal, o 
ritmo, a coordenação motora ampla.
Material 
Tabuleiro confeccionado em EVA com números de um a cinco e quatro pistas. Um dado de quantidades.
Canudinhos, palitos ou outro material de contagem, quatro caixas de fósforo.
Tabela com números em ordem decrescente 1 a 40, (pode ser confeccionada pelo próprio aluno no seu caderno).Para a Educação infantil, o educador poderá utilizar a tabela sem os números para que a 
criança pinte a quantidade de quadradinhos em cada jogada.
40 39 38 37 36 35 35 33 32 31
30 29 28 27 26 25 24 23 22 21
20 19 18 17 16 15 14 13 12 11
10 9 8 7 6 5 4 3 2 117
REGRAS: Posicionar o tabuleiro (Estação Rodoviária) sobre a mesa, cada aluno coloca o seu ônibus 
(caixa de fósforo com 40 palitos/feijões/pedaços de canudinhos dentro) na estação 1 e joga o dado, 
deve retirar os passageiros (palitos) de dentro do ônibus de acordo com o número tirado no dado e 
pintar os números no tabuleiro de acordo com esta quantidade, em ordem decrescente. Repetir o 
procedimento em cada uma das cinco estações. 
Vence o Jogo quem ficar com mais passageiros no ônibus ao final do jogo.
VARIAÇÕES: o jogo pode ser realizado com a ideia de somar, deixando o ônibus vazio e em cada 
estação ao invés de descerem os passageiros sobem (colocar palitos na caixa).

Jogo Feche a Casa Material: 2 dados comuns
Uma sequencia numérica de 1 a 10 para cada aluno, colar os números em tampinhas de garrafa, 
uma garrafa ou pote para guardar o jogo.
Objetivos: 
Estimular o cálculo mental.
Desenvolver o raciocínio lógico.
Desenvolver a ideia de juntar (adição).
Desenvolver a ideia de tirar (Subtração).
Relação termo a termo, cores .
Contagem de um em um.
Ordem crescente e decrescente.
Compreender o SND, sistema de numeração decimal.
REGRAS: Cada aluno enfileira suas tampinhas formando a sequencia numérica de 1 a 10, joga os 
dados e retira da sequencia quantas tampinhas conseguir, de acordo com o número tirado no dado. 
Ex. se ele tirou 2 e 5, ele tem 7, que pode ser tirada a tampinha com este número ou outras que 
formem este total, como o próprio 2 e 5, 4 e 3, 6 e 1. 
Vence que eliminar sua sequencia de tampinhas primeiro. 

 Material: Um tabuleiro confeccionado em TNT medindo 1x1m, fichas de EVA medindo para escrever as
pistas que recortadas e coladas no TNT formando uma trilha, cola alto relevo, um dado de quantidades.
Objetivos:
Desenvolver o raciocínio lógico, a ideia da multiplicação e da divisão, sistematização das operações,
sistema de numeral decimal, contagem termo a termo, orientação espacial e a socialização.
REGRA: Em grupos de até quatro alunos, joga-se como uma trilha comum, onde cada aluno, na sua vez, joga o dado e anda as casas de acordo com a quantidade, cada casa tem uma operação de multiplicação ou divisão, ou ainda, um sinal de trânsito. Ao parar em determinada casa o jogador deve resolver a operação e obedecer o que a sinalização e trânsito indica, no caso das operações ele deverá registrar em uma ficha ou caderno e resolver com uso do material dourado e da tabua de Pitágoras, se o aluno não souber responder ou errar a operação deve voltar duas casas. Vence o aluno que chegar ao fim da trilha primeiro.
Flexibilização: Para crianças com DI, deve-se utilizar não só o material dourado para resolver a operação, mas também a tabuada e fazer as relações e intervenções necessárias durante o jogo.
                                         
Triângulo Divertido da Tabuada
Material:
9 triângulos pequenos feitos de EVA, que encaixados formarão um maior.
Pode ser confeccionado com figuras geométricas ou com a tabuada 
Objetivos:
Desenvolver o raciocínio lógico, a ideia da multiplicação e da divi
A tarefa é colocar os nove triângulos menores, formando um triângulo maior de modo, que os vértices ( cantos) que se tocam tenham a tabuada e seu resultado correto os triângulos podem ser confeccionados em EVA e riscados com canetinhas de retroprojetor conforme o modelo.